O Ministério Público Federal denunciou o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, o ex-diretor de operações e marketing do COB, Leonardo Gryner, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pela compra de votos para que o Rio fosse eleito cidade-sede dos jogos olímpicos e paralímpicos Rio 2016. Também foram denunciados o empresário Arthur Soares, que teria feito o pagamento, e os senegaleses Papa Diack e Lamine Diack, que teriam recebido os repasses.
A denúncia é um desdobramento da operação Unfair Play que revelou em setembro o pagamento de dois milhões de dólares feito pelo grupo de Cabral à Papa Diack, então membro do Comitê Olímpico Internacional e seu filho Lamine Diack em troca dos votos.
Nuzman e Gryner estão presos desde o dia 5 deste mês. Já o empresário Arthur Soares teve sua prisão decretada quando a operação foi deflagrada, mas permanece foragido fora do Brasil. Na época, os procuradores afirmaram que o grupo de Sérgio Cabral já tinha a intenção de usar os jogos olímpicos como pretexto para realizar obras e desviar recursos públicos. O dinheiro repassado pelo dono do grupo Facility, Arthur Soares, seria parte de uma propina devida à Cabral por facilitar contratos do grupo com o governo do estado.
Já Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner teriam participado do esquema como ponte de contato entre o grupo de Cabral e Papa Diack. Todos os citados foram denunciados por corrupção, mas Nuzman e Gryner também vão responder por organização criminosa e o ex-presidente do COB, por lavagem de dinheiro e evasão de divisas por ter escondido 16 quilos de ouro em um cofre na Suíça.
Outros destaques desta edição do Repórter Nacional:
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