A operação Lavat, deflagrada nesta quinta-feira (26), é um desdobramento da operação Manus, que resultou, justamente, na prisão do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, em junho. O grupo continuou operando mesmo depois da prisão dele e, segundo o Ministério Público, continuou a ajudá-lo na ocultação e dissimulação de dinheiro vindo de corrupção passiva.
Os investigadores da Polícia Federal explicaram que, depois que foi preso, Henrique Eduardo Alves teve sua influência reduzida no Ministério do Turismo, mas que ele continuou a agir no estado. Gravações telefônicas e as diligências feitas na operação de junho mostram que houve crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há a comprovação, ainda, de falsidade ideológica de documento particular e fraude à licitação. O grupo fraudava licitações em vários municípios do Rio Grande do Norte para obter contratos públicos, que chegariam a R$ 5,5 milhões para alimentar a campanha ao governo do Estado em 2014. Os investigadores disseram que ainda não foi estabelecido o percentual de propina com base nesses valores.
Todas as pessoas presas são ligadas ao ex-ministro Henrique Eduardo Alves. Um deles, Norton Domingues Masera, é funcionário do Ministério do Turismo. O ministério já informou que vai exonerar Norton Massera e que as buscas e apreensões desta quinta ficaram restritas à sala dele dentro do ministério.
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