Depois de uma década de progresso lento em direção à igualdade de gênero, pela primeira vez o Fórum Econômico Mundial identificou aumento das desigualdades entre homens e mulheres no planeta. O Brasil, por exemplo, caiu 11 posições em apenas um ano por causa da menor participação feminina na política. A informação é do Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2017.
O estudo indica que 68% da desigualdade de gênero no mundo foi combatida, contra 68,3% no ano passado. Todos os quatro pilares do relatório apresentaram piora na comparação: acesso à educação, saúde e sobrevivência, oportunidade econômica e empoderamento político.
Pelo cálculo atual, seriam necessários 100 anos para acabar com a desigualdade de gênero em todo o mundo. No ano passado, a previsão era 83 anos. A pior situação é a do mercado de trabalho, em que a organização estima que são necessários 217 anos para acabar com a desigualdade.
O Brasil ficou na posição de número 90 em um total de 144 países. Em relação à primeira edição da pesquisa, em 2006, a queda foi de 23 posições.
O retrocesso colocou o Brasil em sua pior situação desde 2011. Apesar da piora na classificação, o relatório destaca que o Brasil resolveu as diferenças de gênero na área de educação. O país mais bem colocado no índice geral foi a Islândia, que resolveu 88% da desigualdade de gênero.
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