As falhas em hospitais, classificadas como “eventos adversos” são a segunda causa de mortes no Brasil, segundo o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
De acordo com o anuário, erros como os de dosagem de medicamentos, o uso incorreto de equipamentos e as infecções hospitalares mataram trezentas e duas mil seiscentas e dez pessoas no ano passado, uma média de oitocentas e vinte e nove mortes por dia. O levantamento inclui hospitais públicos e particulares.
Dentro das mortes hospitalares, o número fica atrás apenas das causadas por doenças cardiovasculares, que chegam a novecentas e cinquenta vítimas por dia. Em relação a causas externas, o número de mortes por “eventos adversos” em hospitais fica na frente das mortes no trânsito, das causadas por violência e das em decorrência dos diversos tipos de câncer.
Clique no player abaixo e ouça o Repórter Nacional.
Além das mortes, os “eventos adversos” impactam cerca de um milhão e quatrocentos mil pacientes por ano com sequelas que comprometem as atividades rotineiras. Esses efeitos também elevam os custos da atividade assistencial. O Anuário estima que com essas ocorrências foram gastos quase 11 bilhões de reais em 2016.