O Juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Bruno Aielo, deu dez dias para o IML (Instituto Médico Legal) de Brasília e a direção da Papuda responderem as 50 perguntas da defesa do deputado Paulo Maluf sobre a saúde do parlamentar.
Após esse prazo o juiz decidirá sobre o pedido de prisão domiciliar feito pelo advogado de Maluf. A defesa pede que o parlamentar cumpra os sete anos e nove meses de prisão em casa, por apresentar problemas cardiovasculares, de coluna e por se recuperar de um câncer de próstata.
A perícia oficial já reconheceu o estado grave do parlamentar mas avaliou que ele pode se tratar dentro do presídio.
Aielo afirma que Maluf tem condições de ficar no presídio, inclusive porque a administração da penitenciária disse ser possível instalar suportes e barras na cela para ajudar na locomoção. Além disso, o Centro de Detenção Provisório conta com ambulância à disposição, o que revelaria, segundo o magistrado, que, até agora, o preso se encontra bem amparado no sistema carcerário do Distrito Federal.
O advogado de defesa do deputado, Antônio de Almeida Castro, o Kakay, reiterou o pedido para que Maluf espere em casa a decisão final sobre a prisão domiciliar. Paulo Maluf foi condenado por lavagem de dinheiro quando era prefeito de São Paulo, na década de 90.