O ministro do trabalho Ronaldo Nogueira entregou ao presidente Michel Temer sua carta de demissão na tarde desta quarta-feira (27), justificando que decidiu deixar o cargo porque pretende se candidatar nas eleições de 2018.
Em nota, o Palácio do Planalto confirmou que o presidente aceitou o pedido de demissão e agradeceu os serviços prestados por Nogueira, que deve retomar o mandato como deputado federal pelo PTB do Rio Grande do Sul.
Ronaldo Nogueira estava no cargo desde maio de 2016, quando o Michel Temer assumiu a presidência da república. Ele esteve à frente da pasta durante toda a negociação da reforma trabalhista. Em sua carta demissão, Nogueira afirma que deixa o posto com o sentimento de dever cumprido, por ter entregue à sociedade uma proposta de modernização da legislação trabalhista fruto de consenso.
O último ato de Nogueira como ministro foi a divulgação, nesta quarta-feira, do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, para o mês no novembro. O Brasil fechou mais de 12 mil vagas de trabalho no mês, mesmo após a entrada em vigor da reforma trabalhista. Os setores que mais demitiram foram a indústria da transformação, a construção civil e agropecuária.
Segundo dados do Caged, de janeiro até novembro deste ano, foram criados cerca de 300 mil postos de trabalho com carteira assinada. O ministro ressaltou que os números são melhores do que os dos anos anteriores e que a perspectiva para 2018 é de melhora.
Na carta de demissão, Nogueira citou também que vai defender no Congresso as reformas propostas pelo governo. Durante sua gestão, o Ministério do Trabalhou enfrentou críticas por causa da portaria restringindo o conceito de trabalho semelhante ao escravo. A portaria está suspensa desde outubro por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Ouça o Repórter Nacional (23h30) desta quarta-feira (27) na íntegra:
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