De acordo com as investigações, funcionários do aeroporto, de companhias aéreas e também servidores da Receita Federal participavam desse esquema. Até o momento, 27 pessoas foram presas nessa operação desencadeada hoje (19) pela Polícia Federal. Foram expedidos 36 mandados de prisão preventiva, um mandado de condução coercitiva e 36 mandados de busca e apreensão.
Em coletiva de imprensa, o delegado Fábio Andrade, titular da Delegacia de Polícia Federal no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, disse que os criminosos atuavam de forma muito ousada e que, apenas em uma oportunidade, a quadrilha tentou despachar 60 quilos de cocaína.
O tráfico de drogas funcionava da seguinte forma: nomes de passageiros de voos domésticos eram escolhidos de forma aleatória e etiquetas com esses nomes eram impressas e coladas nas malas com drogas. As bagagens entravam pelo porão e eram colocadas em voos internacionais, normalmente com destino para a Europa.
O grupo criminoso também atuava no contrabando e as malas de voos internacionais não passavam pela fiscalização da Receita Federal. Para que essa vistoria não acontecesse, as bagagens eram desviadas para esteiras de voos domésticos.
Um terceiro núcleo criminoso atuava furtando diariamente garrafas de bebidas do interior dessas aeronaves.
Os presos serão indiciados por organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e associação criminosa.
Clique no player acima e ouça a entrevista.
Ouça também nesta edição:
- PMDB muda nome da sigla para MDB
