A Polícia Federal indiciou o ex-governador José Melo, que governou o Amazonas até maio do ano passado, e quatro ex-secretários do Amazonas por suspeita de participação em esquema de desvio de recursos públicos.
São eles: Wilson Alecrim e Pedro Elias, ex-secretários da Saúde; Afonso Lobo, da Fazenda e Evandro Melo, irmão do ex-governador e ex-secretário de administração. Os cinco foram indiciados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. A esposa de José Melo, Edilene Oliveira, também foi indiciada por tentar atrapalhar as investigações.
A Polícia Federal confirmou os indiciamentos nesta quarta-feira (31). Eles decorrem de duas operações da PF: a Estado de Emergência e a Custo Político, que investigaram esquema de desvio de recursos da saúde.
De acordo com a Polícia Federal, conversas mantidas entre os investigados estão entre as principais provas.
O advogado de defesa de José Melo e Edilene Oliveira destaca que não tomou conhecimento do indiciamento. José Carlos Cavalcanti afirmou que no inquérito do casal na Justiça não há sequer um ofício comunicando o procedimento da Polícia Federal: “Eu não tenho acesso a absolutamente nada, porque nenhuma informação chegou onde deveria chegar, que é nos autos do processo.” Nós não conseguimos contato com a defesa dos outros acusados.
De acordo com a Polícia Federal, as conclusões foram enviadas ao Ministério Público Federal, que possui atribuição para oferecer denúncia contra os investigados, dando início ao processo penal com o objetivo de comprovar os indícios colhidos e responsabilizar os envolvidos.
Nesta quarta-feira, o irmão de José Melo e ex-secretário de administração, Evandro Melo, teve a prisão convertida em domiciliar e deixou o Centro de Detenção Provisória Masculino 2. Wilson Alecrim e Pedro Lobo também estão em prisão domiciliar. Já o ex-governador, sua esposa e o ex-secretário de saúde, Pedro Elias, estão detidos em unidades prisionais de Manaus.
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