O PTB desistiu de indicar a deputada federal Cristiane Brasil para chefiar o Ministério do Trabalho. A decisão do partido foi anunciada pela rede social do pai de Cristiane, Roberto Jefferson, presidente da legenda. Jefferson criticou a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, argumentando que ela demorou para decidir sobre a legalidade da nomeação.
A polêmica sobre a nomeação da deputada, que foi indicada pelo presidente Michel Temer, começou após decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro. O órgão considerou que Cristiane não poderia ser ministra do Trabalho porque foi condenada em ações trabalhistas, fato que fere o princípio da moralidade.
Após decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça, a briga judicial chegou ao Supremo e Cármen Lúcia suspendeu novamente a posse em uma decisão liminar em janeiro.
O governo sempre defendeu a indicação, e disse que respeitaria a decisão do PTB.
Nos últimos meses, Cristiane Brasil foi alvo de outras polêmicas. Entre elas, a investigação em inquérito sobre tráfico e associação para o tráfico de drogas e um áudio em que a deputada aparece pedindo voto em troca de garantia de emprego para funcionários da prefeitura do Rio de Janeiro.
Nos dois casos, ela negou as acusações. Em nota, a deputada federal reafirmou que não foi possível esperar a decisão da ministra Carmen Lúcia e disse ainda que foi atacada e alvo de machismo.
O Ministério do Trabalho está sem comando desde dezembro do ano passado. Ronaldo Nogueira deixou o cargo após anunciar que iria concorrer à eleição.
Ouça o Repórter Nacional (7h) desta quarta-feira (21) na íntegra:
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