DF: Investigação sobre benefícios de Luiz Estevão em presídio provoca demissões

O diretor do Centro de Detenção Provisória da Papuda, em Brasília, José Mundin Júnior, e o subsecretário do Sistema Penitenciário, Osmar Mendonça de Souza, foram afastados de suas funções depois que uma operação da polícia civil do Distrito Federal encontrou diversos itens proibidos na cela do ex-senador Luiz Estevão e do ex-deputado Geddel Vieira Lima.

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF informou que abriu sindicância para apurar a participação de servidores, visitantes e advogados na facilitação de possíveis regalias no presídio.

No domingo (17), houve a operação da Polícia Civil do DF que fez buscas e apreensão na cela que o ex-senador divide com o ex-ministro José Dirceu no Complexo Penitenciário da Papuda e encontrou uma série de objetos que não fazem parte da rotina de uma cadeia, como pen drives, chocolates, documentos e até uma tesoura.

Os policiais também encontraram vários documentos ligados às empresas de Luiz Estevão na biblioteca do presídio. Todo esse material vai passar por perícia.

Há tempos o político já está na mira dos investigadores que já se debruçam sobre o inquérito que apura a reforma ilegal do bloco onde o ex-senador está detido.

Luiz Estevão foi condenado em 2006 a 31 anos de prisão por desvios de verbas na obra do Fórum Trabalhista de São Paulo, mas ele só foi preso dez anos depois.

Os policiais também fizeram buscas na cela do ex-deputado Geddel Vieira Lima, onde foram encontrados vários documentos que também vão passar por perícia. Ele está preso desde setembro do ano passado acusado de embaraçar investigações da Polícia Federal que apuram desvios na Caixa Econômica Federal.

A reportagem tentou contato com a defesa dos políticos mas ninguém se manifestou.

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