A juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Leila Cury, determinou, nesta quinta-feira, a transferência do senador cassado Luiz Estevão, do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do ex-deputado Márcio Junqueira para a área de segurança máxima do presídio da Papuda.
Há um mês, com a deflagração da Operação Bastilha, policiais encontraram ao menos seis objetos proibidos na cadeia: cinco pendrives e uma tesoura. Para a juíza, a apreensão levanta a suspeita de corrupção de agentes públicos que poderiam ter garantido privilégios aos presos.
Na decisão, a magistrada afirma que Luiz Estevão, Geddel Vieira e Márcio Junqueira são pessoas públicas e teve de tomar essa medida até mesmo para protegê-los. E acrescentou que a transferência para a área de segurança máxima é positiva, porque torna mais fácil o monitoramento dos três.
Luiz Estevão foi condenado a 31 anos de prisão pelo desvio, na década de 1990, de R$ 169 milhões na obra do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. Geddel foi preso preventivamente em 8 de setembro do ano passado, depois que uma denúncia anônima levou a polícia até o apartamento de um amigo dele, onde estavam R$ 51 milhões dentro de malas e caixas de papelão. E Márcio Junqueira foi preso preventivamente no último mês de abril, suspeito de obstrução de justiça na operação Lava Jato.
A defesa de Geddel Vieira Lima classificou a decisão de confusa, contraditória e carente de qualquer fundamento. Disse que o regime de segurança máxima desrespeita a lei e vai recorrer.
O advogado de Luiz Estevão disse que não vai comentar. Não conseguimos contato com a defesa de Márcio Junqueira.
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