Uma equipe interministerial esteve em Roraima para avaliar ações para conter a crise imigratória no estado. Depois que parte da população do município de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, colocou fogo em pertences de imigrantes, o governo federal anunciou reforços na segurança, a criação de um novo abrigo entre Pacaraima e Boa vista e o aumento no número de interiorizações.
A expectativa é que mil imigrantes sejam deslocados para outros estados até o início de setembro. De fevereiro até hoje, 820 venezuelanos já foram transferidos. Mas o número é considerado baixo. O coordenador da ONG Fraternidade Internacional, Ricardo Rinaldi, que administra alguns abrigos de venezuelanos, conta que há muita gente que não consegue vaga nos locais.
O governo enviou mais 60 profissionais da Força Nacional de Segurança. Ao todo serão 152 servidores da Força Nacional no controle das fronteiras. O secretário do ministério da Segurança Pública, Flávio Basílio, acredita que o episódio em Pacaraima não deve reduzir a ajuda humanitária que o Brasil está promovendo.
O representante da Agência das Nações Unidas para Refugiados, Pablo Matos, explica que tanto os venezuelanos quanto os brasileiros que recebem esses imigrantes estão em uma situação que não gostariam. Mas ele aponta que é possível colher frutos positivos desse fluxo migratório.
A crise imigratória foi agravada após os episódios de violência em Pacaraima, onde brasileiros perseguiram e expulsaram venezuelanos de acampamentos improvisados depois que um comerciante local foi assaltado e agredido supostamente por pessoas do país vizinho.
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