Gerar empregos é um dos desafios do próximo presidente do País

O Brasil tem cerca de 13 milhões de desempregados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o problema atinge principalmente as mulheres, os jovens e os negros.

A falta de trabalho também é mais grave no Nordeste, onde vivem seis em cada dez pessoas que se encaixam em outra categoria, a do desalento. Ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego. O número de desalentados que vem batendo recordes e já chega a quatro milhões e 800 mil pessoas.

Desalento também ajuda a explicar o clima que se instalou em Carmópolis, cidade de 16 mil habitantes no interior de Sergipe, que abriga o maior campo terrestre de petróleo do Brasil, segundo a Petrobrás.

Nos cálculos da Prefeitura da cidade, as empresas terceirizadas que prestavam serviço para a estatal geravam seis mil empregos no município, número não leva em conta empregos indiretos.

Mas desde que a Petrobrás começou a anunciar cortes nos investimentos, Carmópolis mudou muito.  Andar pelas ruas da cidade ajuda a entender o tamanho do desafio que é fazer as engrenagens da economia voltarem a girar para criar empregos.

No centro de Carmópolis, muitas lojas estão de portas fechadas e nas que permanecem abertas, quase não há movimento. Única funcionária de uma loja de imóveis, Jailmara de Assis, de 27 anos conhece de perto os mecanismos da economia em tempos de crise.

"Hoje eu estou trabalhando sozinha porque eu substituí uma pessoa que foi afastada, mas antes tinham duas ou três pessoas aqui. Como não tem muitas vendas, o nosso patrão, o empresário não tem como manter o quadro de empregados que tinha antes", explica a vendedora.

Outra cena comum na cidade são filas nas portas das empresas que ainda anunciam vagas.

Em julho, a Petrobrás deu início ao processo de cessão de direitos de exploração dos campos terrestres de Sergipe. Questionada se empresa tem uma estimativa do impacto que isso possa ter na geração de emprego na região de Carmópolis, não houve resposta. Sergipe é o estado que registra o quinto pior índice de desemprego do país.

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