A lama de resíduos da mineradora Samarco, em Mariana (MG), percorreu 663 km até encontrar o mar, no município de Regência, no Espírito Santo, após o rompimento da barragem do Fundão.
Para a presidente do Ibama, Suely Araújo, apesar de se terem passado três anos da tragédia, ainda não é possível ter certeza dos danos causados.
A Fundação Renova, criada para sanar os danos da tragédia, fez um programa de monitoramento, que só começou a funcionar no ano passado.
A bióloga Gabriele Dantas, e analista no programa, explica que o monitoramento é feito de duas formas, uma automática e outra manualmente ao longo de todo o trecho atingindo pelos rejeitos. 230 pontos de monitoramento e coletas estão espalhados no Rio Doce, nos mangues, em praias, lagoas, ilhas e no mar.
Outra ação que demorou a sair do papel foram os estudos de monitoramento da biodiversidade. Eles começaram a ser feitos há um mês.
O biólogo Bruno Pimenta, responsável por essas ações, concorda que elas demoraram muito e diz que não há data ainda para normalizar a situação.
Para Suely, presidente do Ibama, é necessário ainda um prazo de 15 anos para ter resultados mais concretos para ações que estão sendo feitas nas regiões atingidas pelos rejeitos da mineradora Samarco.
Enquanto isso, o dia 5 de novembro de 2015 está na lembrança dos brasileiros como a data do maior desastre ambiental já registrado no país. Principalmente na memória daqueles que perderam um parente, um lar, uma identidade.
Ouça o Repórter Nacional (7h) desta terça-feira (6):
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