O número de mortes causadas pelo rompimento da barragem da Vale na cidade mineira de Brumadinho já representa mais de cinco vezes o registrado na tragédia em Mariana. Até o último balanço, divulgado na noite dessa quarta-feira (30), as equipes de busca encontraram 99 corpos, 57 já identificados. Outras 259 pessoas permanecem desaparecidas.
Nessa quarta, os primeiros voluntários civis começaram a auxiliar os trabalhos. Eles não vão atuar nas áreas mais críticas e devem auxiliar mais nas buscas do que no resgate de desaparecidos, como explicou o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Pedro Aihara.
A Defesa Civil anunciou um protocolo de ações para o caso de rompimento de outras cinco barragens instaladas em Brumadinho. Apesar de considerar remota a possibilidade de uma nova tragédia na região, o bombeiro Pedro Aihara destacou a importância de passsar orientações claras para a população e para as ações das autoridades.
E a Polícia Civil passou a priorizar a identificação de corpos por meio da arcada dentária e de exames de DNA. De acordo com o delegado Arlen Bahia, o estado avançado de decomposição dos corpos encontrados dificulta a identificação facial e por impressões digitais.
A polícia vai ouvir, ainda, cinco sobreviventes, que podem dar detalhes sobre a localização de pessoas e estruturas no momento em que a barragem rompeu. O dia e a hora dos depoimentos não serão divulgados, para preservar as testemunhas.
Ouça o Repórter Nacional (7h30), de quinta-feira (31):
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