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MP afirma que assassinos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes agiram devido à atuação da vereadora

A operação que prendeu os dois acusados do crime seria realizada amanhã, mas em razão de suposto vazamento, foi antecipada para essa terça-feira

Repórter Nacional

No AR em 12/03/2019 - 19:22

Em entrevista concedida na tarde desta terça-feira, promotoras do Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, afirmaram que os dois presos na Operação Lume, acusados de executarem a Vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, foram denunciados pelo MP por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, termo jurídico que indica algo desprezível, decorrente do ódio em relação à atuação de Marielle Franco em favor de minorias.

Segundo as promotoras, no entanto, foi especificado na ação penal que essa motivação não inviabiliza que tenha havido um possível mandante ou que o crime tenha sido praticado por uma promessa de recompensa e até que outros motivos possam surgir. As promotoras reafirmaram ainda que nenhuma linha de investigação foi descartada.

Ronnie Lessa foi preso na madrugada desta terça-feira em casa, na Barra da Tijuca. Ele é apontado pelo Ministério Público como o responsável pelos 13 tiros que atingiram Marielle e Anderson. Elcio Vieira de Queiroz também foi preso em casa, no Engenho Novo, zona norte do Rio. Ele é acusado de conduzir o carro, o cobalt prata, de onde foram feitos os disparos. Elcio foi expulso da Polícia Militar no âmbito de uma investigação sobre a atuação ilegal de policiais em redes de jogos de azar em 2011, a operação Guilhotina.

A polícia Civil e o Ministério Público cumpriram também nesta terça-feira 34 mandados de busca e apreensão em diversos endereços.

A família da Vereadora esteve presente na coletiva. A irmã de Marielle, Anielle Franco afirmou que um grande passo foi dado hoje e que espera que se consiga descobrir se houve um mandante ou não do crime. Segundo Anielle, no atual cenário do país, um crime de ódio é possível de acontecer.

Também são destaques do Repórter Nacional Edição das 18h dessa terça-feira, 12:

- Presidentes do Brasil e Paraguai discutem segurança na fronteira e mudanças no acordo sobre a Hidrelétrica de Itaipu

- Operação combate esquema de sonegação fiscal envolvendo empresa de turismo

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Criado em 12/03/2019 - 19:24

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