Os casos se repetem: em Brasilia, um viaduto no Eixão Sul desmoronou. Em São Paulo, um edifício ocupado irregularmente veio abaixo e viadutos e pontes foram interditados para não terem o mesmo destino. No Rio de Janeiro, o Museu Nacional pegou fogo e em Minas Gerais barragens de mineradoras se romperam e deixaram um rastro de destruição e morte. Segundo a Federação Nacional dos Engenheiros, falta manutenção.
Levantamento feito em 22 cidades, sendo 11 capitais, mostra que é necessária a intervenção de reparo ou substituição em até 20% das edificações em função de sintomas de degradação, risco de falha ou colapso.
Para o engenheiro Artur Araújo, consultor do projeto Cresce Brasil, as políticas de austeridade no setor público têm impacto direto na manutenção.
Artur Araújo diz que manutenção também não é prioridade no setor privado.
Já Murilo Pinheiro, presidente Nacional da Federação dos Engenheiros, alerta que os governos precisam criar áreas responsáveis por cuidar da manutenção.
Como exemplo, Murilo calcula que a manutenção do viaduto que cedeu no ano passado em São Paulo custaria 5% do que está sendo gasto para recuperar a estrutura, em torno de R$ 30 milhões.
Em nota, a prefeitura de São Paulo afirmou que está pagando o preço da omissão histórica de inúmeras administrações e que, de 185 pontes e viadutos, já foram vistoriados 73.
Os debates sobre a engenharia de manutenção ocorreram nessa segunda-feira em São Paulo, no sindicato dos Engenheiros do Estado.
Ouça o Repórter Nacional (7h30) desta terça-feira (18):
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