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Medicamento registrado pela Anvisa reduz tratamento da malária

Brasil será o primeiro país a ter o remédio na rede pública de saúde

Repórter Nacional

No AR em 05/11/2019 - 07:00

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu, no último dia 30, o registro para a tafenoquina. O medicamento prevê a cura em dose única para a malária, doença que atingiu quase 200 mil pessoas só em 2018, no Brasil.

Antes de a medicação ser disponibilizada à população em geral, a tafenoquina estará disponível apenas aos participantes de um estudo. Durante um ano, a droga será utilizada em Manaus (Amazonas) e Porto Velho (Rondônia). A conclusão da pesquisa está prevista para o primeiro trimestre de 2021. Se os resultados forem considerados bons, a droga poderá ser incorporada pelo SUS de forma ampla.

O medicamento foi registrado pela empresa GSK. A pesquisa clínica no Brasil foi conduzida por pesquisadores da Fundação de Medicina Tropical, em Manaus.

A nova droga é uma modificação química da primaquina – droga utilizada no tratamento atual. A principal diferença é que ao invés de a pessoa infectada passar sete dias tomando o remédio, o profissional de saúde pode fazer a administração em dose única.

O diretor de Pesquisa da Fundação de Medicina Tropical, Wuelton Marcelo Monteiro, destaca que um dos problemas relacionados à malária atualmente é o abandono do tratamento.

Segundo o pesquisador, estima-se que cerca de 30% de todos os casos de malária na Amazônia são recaídas, ou seja, pessoas que adoecem novamente.

A nova droga é administrada em pacientes com mais de 16 anos e não é indicada para mulheres grávidas.

De acordo com a Fundação de Medicina Tropical, a droga já recebeu registro nos Estados Unidos e na Austrália, mas o Brasil será o 1º país a utilizá-la na rotina de uma rede de saúde.

Ouça o Repórter Nacional (7h) desta terça-feira (5):

 

Outros destaques desta edição:

- Hoje governo completa 300 dias. Devem ser apresentadas novas propostas de reforma

- Quatro mil toneladas de óleo já foram retiradas das praias atingidas. Marinha afirma que volume dos resíduos está diminuindo.

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Criado em 05/11/2019 - 09:13

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