O Ministério Público de Minas Gerais denunciou 16 pessoas e duas empresas - a mineradora brasileira Vale e a auditora alemã Tüv Süd - pelo rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro do ano passado.
O promotor de Justiça de Brumadinho, William Garcia Pinto, classificou o comportamento das empresas como uma ditadura corporativa por conhecerem os riscos, mas sonegarem essas informações das autoridades e da população.
William afirmou que os relatórios elaborados pela Vale e pela Tüv Süd tinham tantas mentiras, que precisaram separá-las em dois grupos. De um lado, as declarações técnicas falsas, que maquiavam informações sobre o estado das barragens que eram repassadas a órgãos públicos e, de outro, as mentiras corporativas, com o objetivo de proteger a imagem da mineradora no mercado. Ainda segundo o promotor, a investigação descobriu documentos em que a Vale calculava o valor do risco que cada barragem representava. Entre os danos previstos em dinheiro na Mina Córrego do Feijão, a vida de cada uma das possíveis vítimas custava 8 milhões e 800 mil reais, mais o valor que elas possuíam em bens materiais. Ou seja, quanto mais pobre a família, mais barata a vítima.
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