Mais uma pessoa morreu em Belo Horizonte suspeita de intoxicação pela substância tóxica dietilenoglicol, nesse domingo. A vítima teria consumido cervejas da empresa Backer. A Associação das Famílias das Vítimas da Backer, confirmou que o paciente era Ronaldo Santos, de 49 anos.
Desde janeiro, a Polícia Civil mineira investiga se a contaminação foi causada por cervejas da Backer. A investigação teve início apos pacientes relatarem sintomas semelhantes de insuficiência renal aguda e alterações neurológicas.
Em coletiva realizada na última sexta-feira, a polícia afirmou que 38 casos de intoxicação estão em apuração. A investigação ainda está em curso. Mais de 50 pessoas já foram ouvidas pela polícia, entre testemunhas, vítimas e familiares. Também já ocorreu perícia na fábrica da cervejaria.
Uma nova substância tóxica derivada do metabolismo do dietileno-glicol, chamada acido digli-cólico, foi encontrada em 11 amostras pesquisadas pela polícia. Ela é responsável pelas lesões nos órgãos neurais e renais das vítimas.
O último boletim da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, em fevereiro, informou que foram notificados 31 casos suspeitos por intoxicação pelo dietileno-glicol. Apenas 4 casos foram confirmados pelo órgão, os demais 27 continuam sob investigação.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais desbloqueou parte dos recursos da empresa para cobrir o tratamento médico das vítimas. A justiça reduziu de 100 bilhões para 5 milhões o valor do bloqueio judicial.
Em nota, a Backer lamentou a morte do paciente e disse que já entrou em contato com a família, se colocando à disposição para judar no que for preciso.
Sobre a decisão judicial, a cervejaria disse que finalmente terá condições de oferecer suporte aos clientes e às famílias.
Ouça também:
- Coronavírus: número de casos confirmados permanece em 25 no Brasil; casos suspeitos passam de 900
- Bolsas europeias tem maior queda em 8 meses; No Brasil, bolsa de valores volta a cair mais de 10% depois de interrupção nos negócios
- Barril do petróleo cai cerca de 30%, e Presidente Jair Bolsonaro diz que o governo não vai interferir para controlar os preços
- Ministro da Econonima, Paulo Guedes, afirma que resposta à crise impulsionada pelo coronavírus são as reformas