Os caminhoneiros saíram de Barueri, na Grande São Paulo; chegaram a fechar a rodovia Castelo Branco, que dá acesso à capital paulista, e depois ocuparam vias importantes da cidade, como a Marginal Pinheiros e a Avenida Rebouças. No percurso, houve buzinaços na proximidade de 3 hospitais.
Os manifestantes pediam a reabertura do comércio e o impeachment do governador, João Dória, que, logo no início do protesto, disse que nenhuma via do estado poderia ser fechada por manifestantes.Mesmo assim, o grupo terminou o ato fechando, por algumas horas, uma das vias da Avenida Paulista.
A quarentena, em São Paulo, estava prevista para acabar no domingo passado, mas foi renovada e segue até o dia 31 maio.
O governo estima que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, em abril, foi de cerca de 20%, comparado com abril do ano passado.
Segundo o secretario da Fazenda, Henrique Meirelles, apesar das medidas de isolamento social, 73% das perdas foram em setores que não sofreram qualquer restrição com os decretos de quarentena do governo.
O levantamento mostra que 74%, mais de sete, a cada dez empresas do estado, não foram alvo de medidas restritivas do decreto de setores como agricultura, hotelaria, trabalho doméstico e construção civil.
Apesar da renovação da quarentena, o índice de isolamento social tem ficado abaixo do mínimo indicado pelas autoridades de saúde. O último número mostra um isolamento de 53%. O mínimo recomendado, desde a semana passada, passou a ser de 55%.
O estado de São Paulo já tem 46.000 casos confirmados de novo coronavírus e o número de mortes chegou a 3.743. Nessa segunda feira, 90% dos leitos de UTI, na capital paulista, estavam ocupados.
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