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Intolerância religiosa: conflitos entre vizinhos lideram casos de agressões

Dia 21 de janeiro, no Rio de Janeiro, serão realizados atos pela

Hoje (21), Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e também Dia Internacional das Religiões, o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e babalorixá, Ivanir dos Santos, divulga relatório sobre o assunto. Em entrevista ao Repórter Rio, Ivanir detalhou que o relatório reúne dados de várias fontes levantados entre o período de 2012 e 2015, entre elas governo federal, estadual, judeus, muçulmanos, Universidade Federal Fluminense (UFF), economia, são para as 1.014 denúncias só no Rio de Janeiro enquanto que, na esfera federal, somente pouco mais de 100 denúncias.

 

O objetivo, a partir do relatório, é que seja criado um centro de dados na Secretaria Nacional de Direitos Humanos. O babalaô destacou do documento os tipos de agressões: em primeiro ligar, ficou o conflito entre vizinhos; em segundo, agressão entre pessoas desconhecidas; e em terceiro lugar, para surpresa, professores, quase 5%. "Esta constatação chama a atenção e é muito grave pois, os representantes se valem da educação religiosa e resistem à cultura africana por que acham se tratar de macumba e/ou candomblé", avaliou Ivanir dos Santos. 

 

Outro ponto constatado é o aumento de 32%, de setembro a dezembro, no Rio de Janeiro, de agressão à muçulmanos, creditado ao período em que aconteceu o episódio em Paris. Do total dos 1.014 casos, de 2012 para cá, identificam os grupos religiosos com incidência maior: 71% de matriz africana, umbanda e candomblé. Uma surpresa foi a agressão aos evangélicos, atacados por outros da mesma religião; depois os católicos, ciganos e indígenas.

 

Nesta quinta-feira (21) Dia Nacional de Inteolerância Religiosa e também Dia Internacional das Religiões, várias atividades serão realizadas, a começar com uma concentração na Central do Brasil, às 13h, quando o Trem da Liberdade sai às 15h, para na estação do Riachuelo e vai ao Templo Ecumênico da Religião de Deus, e, às 17h, divulgação do relatório com vigília da livberdade e ato inter-religioso. A proposta é que o diálogo seja mantido, assim como o respeito, acima de tudo, pelas diferenças.

 

A apresentação do jornal Repórter Rio é de Dylan Araújo e Cirilio Reis, de segunda a sexta-feira, de 6h às 7h e a segunda parte, de 7h30 às 8h. 



Criado em 21/01/2016 - 12:01 e atualizado em 21/01/2016 - 11:45