O ex-governador do Amazonas, José Melo, do PROS, segue preso em Manaus. Ele é acusado de receber dinheiro de esquema que desviava recursos públicos da Saúde. A prisão é temporária. Eleito governador do Amazonas em 2014, José Melo teve o mandato cassado em maio deste ano por compra de votos. A Operação Estado de Emergência foi realizada pela Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal. A ação é a terceira fase da Operação Maus Caminhos, iniciada em 2016.
A participação do ex-governador foi identificada durante as investigações. Entre os elementos que implicam José Melo estão mensagens do empresário e médico Mouhamad Moustafa, considerado chefe do esquema e preso na primeira fase da operação. De acordo com o delegado da polícia Federal Alexandre Teixeira, o ex-governador era identificado como professor ou velhinho.
De acordo com o representante da CGU, Israel Carvalho, o aumento do patrimônio e as despesas do ex-governador eram incompatíveis com a sua renda.
José Melo foi preso em seu sítio, na região metropolitana de Manaus. A Polícia federal também fez buscas na casa do político na capital manauara. Empresas da esposa do ex-governador também foram alvos das buscas. Entre os itens apreendidos estão veículos e R$ 90 mil em dinheiro.
As investigações identificaram que a organização desviava recursos por meio de contratos da Secretaria de Saúde com o Instituto Novos Caminhos para gestão de unidades de Saúde da capital e do interior. O ex-secretário de Administração do Amazonas e irmão do ex-governador, Evandro Melo, foi preso na segunda fase da operação, no dia 13 deste mês.
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