Os cursos de licenciatura indígena na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) terá continuidade após suspensão. O Programa de Licenciaturas Indígenas (Prolind) era promovido pela universidade desde 2006, com recursos federais do Ministério da Educação.
De acordo com a Ufam, nos anos de 2014 e 2015, os recursos para o programa integraram o orçamento da instituição de ensino. Para 2016, houve mudança na forma de repasse dos mais de R$ 5 milhões destinados ao programa, que seria feito por meio de descentralização para a Ufam. Desde então, o programa foi suspenso por falta de recursos.
Após várias reuniões entre professores, alunos de cursos de licenciatura indígena da Universidade Federal do Amazonas e representantes da universidade e de organizações indígenas, o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) entrou em contato com o Ministério da Educação e recebeu a confirmação de que os recursos necessários para a continuidade dos cursos serão garantidos.
Em reunião com o MPF, a reitora da Ufam, Márcia Perales, informou que a descentralização ainda não havia sido feita e, por isso, a universidade suspendeu as matrículas de 120 aprovados em três turmas dos cursos de licenciatura indígena. Ainda, pelo mesmo motivo, a continuidade de cursos de licenciatura indígena regulares no interior do Amazonas estaria paralisada.
Com a garantia do repasse informada pelo secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, a Ufam anunciou que já foram adotadas as providências junto à pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) e à pró-reitoria de Administração e Finanças (Proadm) para a retomada dos cursos em andamento e para a reprogramação da matrícula dos novos alunos.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República no Amazonas.
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