Como os profissionais de saúde devem se comportar nas redes sociais? Nesta quinta-feira (14), o Revista Brasil conversou com Ana Lúcia Amorim, advogada especialista em direito médico e professora da faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).
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Regras diferentes
Ana Lúcia explicou que as regras não são iguais para todos os profissionais da saúde. O Conselho Federal de Odontologia (CFO), por exemplo, permite fotos de antes e depois de tratamentos, práticas proibidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
A jurista falou que as regras não são iguais para todos e variam conforme a regulamentação de cada conselho profissional.
"Juridicamente falando, a partir do momento que eu vejo um antes e depois e olho para aquele tratamento que ficou muito bom, gera em mim uma expectativa legítima da entrega daquele serviço, daquele padrão", esclareceu.
A entrega do resultado varia em cada organismo, ainda que o tratamento seja o mesmo.
Restrições
Ana Lúcia afirmou que, no caso do CFM, há resoluções próprias que falam da publicidade médica, que proíbe propaganda sensacionalista. As publicações precisam ter o caráter educativo e informativo.
Ela comentou que o ideal seria que o profissional tivesse dois perfis, um que falasse do trabalho e outro pessoal.
A advogada relembrou que as redes sociais não substituem a relação humanizada com o paciente no consultório.
"Nas redes sociais, ele pode passar as informações de uma maneira geral. Fica a critério do profissional ter ou não esses canais de comunicação. Uma vez que ele escolhe ter, deve obedecer todas as regras de publicidade", pontuou.
A especialista concluiu que a internet não é uma terra sem lei.
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