Pelo menos 19 crianças e 2 adultos morreram após ataque a tiros em uma escola primária nos Estados Unidos, nesta terça-feira (24). O atirador era um jovem de 18 anos que foi morto por policiais.
Sobre o que leva um jovem a se armar e atirar contra crianças, o Revista Brasil entrevistou o psiquiatra forense, Hewdy Lobo, diretor da Vida Mental Serviços Médicos.
Segundo ele, há diversas explicações para uma situação como essa. Uma delas é a questão do acesso as armas, já que, lá nos Estados Unidos, a aquisição de armas é muito fácil. Em relação ao indíviduo, os psiquiatras forenses avaliam se a pessoa tem transtorno mental, se ela sofreu bullying ou alguma humilhação, que possa gerar esse tipo de reação. E cabe também o alerta de que a pessoa possa estar querendo atentar contra sua própria vida.
Mas a família consegue identificar esse sinais? Hewdy aponta que nestes casos, tanto amigos como familiares, costumam não valorizar e até menosprezar quando a pessoa está relatando desejos, planos, escritas, desenhos ou qualquer forma de manifestação, tanto pelo suicídio quanto pela agressão a terceiros. Por isso, ele alerta para que as pessoas próximas façam uma valorização máxima ao perceberem qualquer sinal e a levarem para um tratamento ou pelo menos uma avaliação.
O especialista acrescenta também que, até hoje na literatura científica, não existe relação entre a criança e o adulto que jogam jogos violentos à prática de atos violentos. No entanto, segundo ele, há excessões quando a pessoa começa de maneira progressiva a transpor a agressividade que tem nos jogos para o mundo real.
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