Durante toda esta semana acontece a Semana Nacional de Doação de Órgãos. Por isso, a palavra mais forte agora é "conscientização". Afinal, a cada dez pessoas abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares. Este é um dado nacional preocupante para quem espera por uma chance de viver mais e com qualidade de vida. A Fundação Pró-Rim é um dos dez centros mais ativos que realizam transplantes de rim no Brasil e cerca de 40% dos pacientes renais que chegam à instituição, para a realização do transplante, são provenientes de outros Estados.
Para falar sobre o assunto o Revista Brasil entrevistou a coordenadora de Transplantes da Fundação Pró-Rim, Luciane De Deboni.
Ela esclarece que o transplante hoje no Brasil consegue beneficiar mais de 4 mil pessoas ao ano. O país é um dos países com maior programa de transplante de órgão do mundo, em números absolutos. O transplante só acontece se houver a doação desse órgão, seja doação em vida, nos órgãos que seja possível como no caso do rim, ou doação numa pessoa falecida, no momento de sua morte através da doação de órgão.
Esta campanha a semana toda é para motivar e mostrar a conscientização da pessoa em relação a doação de órgãos, ressalta De Deboni.
A coordenadora explica que avisar a família é de extrema importância para ser doador de órgãos após a morte. Ela lembra que um dia, nós ou alguém da família pode necessitar de transplante e que, se não houver este ato de amor, que é a doação de órgão, seja em vida ou após a morte, o transplante não seria uma realidade como é hoje no mundo inteiro. “O doador sem dúvida nenhuma é a personagem principal de todo esse processo, desse ato de amor, desse milagre que é o transplante de órgão, que hoje acontece no Brasil,” conclui.
Confira a entrevista na íntegra no player acima.
O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar, de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional AM Brasília. A apresentação é de Valter Lima.
Relátorio mostra queda na doação de órgãos no Brasil