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Como os cidadãos podem contribuir para mudança no atual momento político?

A questão foi tema de conversa entre especialistas em mesa redonda

Rotineiramente, cidadãos tem ido às ruas protestar contra ou a favor do governo. Mas, além das manifestações populares, quais ações a população pode tomar para colaborar, propor e cobrar medidas que podem ajudar e modificar suas vidas no dia a dia?  Especialistas participaram de uma conversa nesta sexta-feira (08), durante mesa redonda nas Rádios Nacional de Brasília, Rio de Janeiro, MEC AM, Rádio Nacional da Amazônia e Alto Solimões sobre a questão.

 

De acordo com o coordenador do MBA Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec/DF), Márcio Coimbra, as manifestações têm feito a diferença. “Isso pressiona os políticos. Se nós formos lembrar em 2013 o Governo enviou uma proposta de reforma política ao Congresso Nacional. E também a gente vê que os políticos se amedrontaram em 2013. Eu acho que o ronco das ruas faz a diferença, o ronco das ruas faz os políticos sentirem medo e pressiona os políticos, pois eles dependem do voto dessa sociedade para se manter nos seus cargos”, argumenta Márcio.

 

Já para o professor e diretor da Escola de Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG), Luiz Alfredo Salomão, protestos são uma forma de manifestação, mas não são a forma ideal de democracia participativa, colocada por teóricos. Para ele os cidadãos não têm a cultura cívica de se preocuparem com o que está acontecendo. “Certamente a situação atual, que está preocupando todos os brasileiros, com essa crise, a questão das pedaladas; nada disso teria acontecido se houvesse uma vigilância, uma permanente atenção dos cidadãos e dos contribuintes em relação aos recursos do orçamento”, completou Luiz.

 

O presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP), Alex Canuto, acredita que atualmente é feita uma divisão entre governo e sociedade e que essa divisão não deveria existir. “As pessoas tem que mudar esse conceito. A sociedade ativa não precisa de governo. O que se faz hoje é uma disputa de valores, uma disputa de conceitos, do que que a gente quer pro Brasil. Na sua conversa com a família, na mesa de bar, na mesa de trabalho, é ali que os conceitos, que os valores são cristalizados”, opinou Alex.

 

Para ouvir a mesa redonda na íntegra, clique no player acima.

 

O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar, de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional AM Brasília. A apresentação é de Válter Lima.



Criado em 08/04/2016 - 15:31 e atualizado em 08/04/2016 - 12:28

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