O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (7) a criação de uma comissão externa para avaliar o aumento no número de policiais mortos em serviço em todo o País.
O Espírito Santo tem vivido dias de muita violência. Como os PMs não podem fazer greve, as famílias foram para a frente dos batalhões para impedir a saída das viaturas policiais. Os manifestantes reivindicam aumento nos salários, pagamento de benefícios e criticam as más condições de trabalho.
O programa Revista Brasil conversou com o especialista em segurança pública, ex-secretário Nacional de Segurança Pública (2002), coronel de reserva da PM de São Paulo e mestre em psicologia social pela USP, coronel José Vicente Da Silva. Ele conta que fez uma pesquisa recentemente e encontrou mais de 400 trabalhos sobre suicídio de policiais em países como Dinamarca, Suécia e toda Europa.
Segundo o Coronel José Vicente, no Brasil a situação é tremendamente mais difícil. “Com todas as dificuldades sociais que nós temos, com todos fracassos sociais de várias áreas: educação, emprego, atendimento de saúde, do atendimento social, sobra muito trabalho para as policias”.
Para o coronel, os policiais trabalham como se fossem a última linha de funcionário público. “Estamos vendo no Espirito Santo e sabe-se agora que os policiais têm que revesar o colete de proteção de sua vida. Em alguns estados nem arma o policial tem. No Rio de Janeiro o policial tem que entregar a arma no quartel antes de ir para casa. E uma profissão difícil, estressante e perigosa”, diz.
Saiba mais sobre o assunto, ouvindo a entrevista na íntegra no player acima.
O Revista Brasil vai ao ar, de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional AM Brasília, em rede com as Radio Nacional da Amazônia, do Rio de Janeiro e do Alto Solimões.
A apresentação é de Valter Lima, Cezar Faccioli e Sula Sevillis.