Em sua coluna semanal, todas as terças-feiras, no programa Sintonia Nacional, Rubem Confete, jornalista e uma enciclopédia viva da cultura e música popular brasileira, relembrou a trajetória do consagrado músico Jorge Ben Jor.
Confete relembra que conheceu Jorge, então com o apelido de "Babulina", no Morro do Turano, e que antes da fama o cantor, compositor e exímio violonista ("ele tem uma mão direita excepcional") sofria com o preconceito racial. "Ele era discriminado no Divino, na Rua do Matoso, onde Erasmo Carlos reunia a turma da Jovem Guarda. Era discriminado no Minerva, não deixavam nem ele entrar", revela Rubem Confete.
Era a época dos movimentos da Jovem Guarda e da Bossa Nova. Para Confete, a chegada de Jorge Ben Jor ofuscou ambos os movimentos. Durante a conversa, Rubem lembra de como Jorge se aperfeiçoou no violão.
Durante a pandemia, Jorge Ben Jor ficou bem recluso no lugar onde vive, nada menos do que o hotel Copacabana Palace. "Na história da música que eu conheço, dos personagens que eu conheço, Martinho, o falecido Paulo Moura, Johnny Alf, ninguém conseguiu prosperar da maneira que prosperou o nosso querido Jorge Ben", conta Confete sobre o estilo discreto de fazer sucesso de Jorge Ben Jor. "Ele quebrou todas as barreiras", diz Confete.
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