No Supertônica desta segunda-feira (23), Arrigo Barnabé recebe o flautista Toninho Carrasqueira.
“Nasci na Lapa, aqui pertinho [da sede da Fundação Padre Anchieta]. Aqui era a Lapa de Baixo, cresci nessa várzea, sou varzeano", diz Toninho.
Sua árvore genealógica é musical. Filho do professor João Dias Carrasqueira, seu pai foi o responsável pela difusão da flauta em São Paulo. Influenciado pelo ambiente musical de sua casa, cujo repertório oscilava entre o popular e o erudito – de Pixinguinha à Bruno Maderna – trocou o futebol pela música. “Meu pai era um ponto fora da curva”, recorda.
Aos 16 anos, começou a atuar como músico. Aos 18, passou a integrar a Filarmônica de São Paulo, uma das duas orquestras profissionais da cidade de São Paulo. Entre 1973 e 1979, viveu na França e excursionou como solista da Orquestra de Câmara de Heidelberg, entre outros grupos.
Na Europa, reconheceu-se latino-americano. “Ao mesmo tempo que eu me descobria cidadão do mundo, me descobria brasileiro”, revê. De volta ao Brasil, passou a gravar e atuar em gravações e concertos em diversas frentes e núcleos distintos.
Para o artista, a música é uma coisa importantíssima, e deveria estar na formação das pessoas desde sempre, desde o começo. Segundo ele, Bach e Beethoven diziam: "A música é uma revelação, revelação da verdade, do absoluto".
Confira o Supertônica todas as segundas, à meia-noite, na MEC FM Rio.
Este programa é uma reebição da edição apresentada em 04 de maio de 2015.