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Supertônica especial em comemoração ao centenário de Welles

Orson Welles é revisto pelo cineasta radicado no Paraná, Rodrigo Grota

Supertônica desta terça-feira (09) comemora os 100 anos de George Orson Welles. O jovem cineasta de Marília, Rodrigo Grota, revê a trajetória e destaca peças e programas radiofônicos do gênio.

 

Aos 25 anos de idade, com Cidadão Kane, ele revolucionou a linguagem do cinema e passou a figurar na lista de gênios do século 20. Num feito inédito e talvez único na história, consegue dos estúdios RKO uma quantia impensável para qualquer principiante – 225 mil dólares – além de um contrato que lhe permite total liberdade de criação, incluindo o corte final. Isto sem nunca ter rodado um longa-metragem. Kane é apontado por muitos como o maior filme de todos os tempos.

 

“Ele virou um astro, um fenômeno. Porque ele tinha um carisma e esse personagem que ele começou a criar”, resume Rodrigo Grota. “Ele também tinha uma consciência (que depois o Kubrick vai ter também) de saber como divulgar seus filmes e como cultivar uma imagem de si mesmo como um cineasta lendário. No Brasil, o Glauber tem isso”, avalia.

 

George Orson Welles é de fato um menino prodígio, pois seu incontroverso filme não havia sido seu primeiro grande feito. Aos 23 anos, já tinha sido manchete após a transmissão do mais famoso programa de rádio da história, A Guerra dos Mundos, sua adaptação para a novela de H. G. Wells. Antes ainda, aos 16, já havia abraçado o teatro e o universo shakespereano.

 

“Em toda sua carreira ele tem uma visão muito particular das cenas. Quando você vê um filme do Welles parece que alguma coisa tem uma certa instabilidade porque os enquadramentos são mais angulosos”, diz Rodrigo. “Ele gostava muito do Caligari, ele se dizia influenciado pelo impressionismo alemão”.

 

Confira a entrevista no Supertônica, terça-feira, à meia-noite, pela MEC FM Rio.



Criado em 08/06/2015 - 20:05 e atualizado em 08/06/2015 - 17:01

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