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Novo repelente que "despista" o mosquito da dengue está em processo de patente pela UFPR

Segundo testes em laboratório, o repelente funciona com alta eficiência por cerca de dez horas, tempo que equivale à um produto de longa duração

Tarde Nacional - Amazônia

No AR em 02/12/2020 - 13:30

No Tarde Nacional - Amazônia desta quarta-feira (02) nós vamos falar sobre um repelente que possui um método inédito para "despistar" o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Pesquisadores do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveram uma substância que impede o inseto de seguir as pistas químicas do sangue. Quem vai explicar tudo isso para gente é o professor do Departamento de Química da UFPR e coordenador do Laboratório de Ecologia Química e Síntese de Produtos Naturais (Lecosin), Francisco de Assis Marques.

Na entrevista, o professor comenta que os mosquitos, em geral, são insetos que evoluem muito e estão muito adaptados ao ambiente urbano. "Principalmente, com a geração de lixo nas grandes cidades, uma tampinha de refrigerante já pode ser o suficiente para a fêmea depositar ovos e aí você ter criadouros multiplicados nas grandes cidades. E isso dificulta muito o controle de todos os mosquitos, não só do Aedes aegypti. Dele porque ele é um vetor de doenças importantes como a zika, chikungunya e a dengue. A fêmea precisa muito de sangue para viabilizar as futuras gerações que ela carrega com ela", esclarece Francisco, que relata ainda que o CO2 e o ácido lático estão entre as principais pistas químicas que o mosquito segue para nos encontrar e se alimentar do nosso sangue. 

Outro ponto que ele destaca, é que a fêmea do mosquito tem também um detector de infravermelho que detecta a temperatura. Seria por isso que as crianças costumam ser alvos com mais frequencia? No papo, ele explica também como está a produção do repelente, que já está em processo de patente pela UFPR. Ainda, pelo Departamento de Química, estão sendo prospectada parceria internacional em uma pesquisa para ampliar o uso da molécula do repelente no combate a outros mosquitos, como o gênero Anopheles, vetor da malária. 

Quer entender melhor a pesquisa? Acompanhe a entrevista completa, no player acima. 

O programa Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar de segunda a sexta-feira, de 13h às 15h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.   

Criado em 02/12/2020 - 23:47 e atualizado em 02/12/2020 - 23:33

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