Na véspera do Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes, o Tarde Nacional – Amazônia falou sobre a anemia falciforme, doença genética mais comum no Brasil. A entrevistada foi Sandra Loggetto, hematologista pediatra. Ela é coordenadora do Comitê de Hematologia e Hemoterapia Pediátrica da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
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A anemia falciforme é caracterizada pela alteração no formato das hemácias, que passam a ter a forma de meia-lua ou foice, daí o nome da doença. É uma mutação genética, um problema na produção da hemoglobina, proteína que dá a cor vermelha ao sangue e é responsável por transportar o oxigênio dos pulmões para o restante do corpo. Dores pelo corpo, febre e cansaço são alguns dos sintomas da doença.
Sandra Loggetto ressaltou a importância do diagnóstico precoce, uma vez que a criança com anemia falciforme precisa ser acompanhada pelo hematologista pediatra e iniciar o tratamento com dois ou três meses de vida. O diagnóstico é feito por meio do teste do pezinho, que deve ser realizado entre o terceiro e quinto dia de vida.
De acordo com a especialista, uma das principais características da manifestação da anemia falciforme é dor pelo corpo. Ela deu orientações sobre hábitos de vida e explicou como deve ser conduzido o tratamento desde o início. A médica ressaltou também a importância do acompanhamento médico ao longo de toda a vida.
Em relação ao Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes, Sandra destacou como é fundamental garantir o acesso integral ao tratamento para que os pacientes tenham melhor qualidade de vida.
O Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 15h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.