A rede de Rádios EBC desta quarta-feira (20) discutiu a luta antimanicomial no Brasil. A rede formada pelas Rádios Nacional de Brasília, Nacional do Rio de Janeiro e Nacional da Amazônia ouviu as integrantes do Movimento Pró-Saúde Mental do DF, Ana Silvia Fusquino e Marlene Morais Rego; e a assistente social Silvia Dabdab. Todos defendem a não internação de pessoas com transtornos mentais e o fechamento dos hospitais psiquiátricos.
O Dia da Luta Antimanicomial foi celebrado na última segunda-feira, 18 de maio, com vários debates e atividades durante toda semana em vários pontos do país. A luta antimanicomial teve início na década de 80 e se firmou contra as formas agressivas no tratamento de pessoas com distúrbios mentais, como confinamento, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.
De acordo com a especialista Ana Silvia Fusquino, a transição se espelha numa história italiana em que o psiquiatra Franco Basaglia teve a coragem de propor pela primeira vez o fechamento real dos hospitais psiquiátricos, na troca por estruturas abertas, o que levou à criação de uma lei nacional na Itália.
No Brasil, na década de 80 houve o primeiro congresso, realizado na cidade de Bauru, em São Paulo, onde trabalhadores da saúde mental e estudantes da área tentaram mudar essa realidade dos hospitais psiquiátricos no Brasil. Em seguida, o psiquiatra Franco Basaglia foi convidado para participar de outros congressos em vários estados brasileiros, para discutir sua experiência e as mudanças que que hoje se vê. Mas as especialistas concordam que apesar dos avanço, ainda há muito o que mudar para ser dado um tratamento digno a essas pessoas.
Acompanhe esta rede de informações sobre a luta antimanicomial no país nesta entrevista ancorada pela jornalistas Fátima Santos, Luciana Vale e Luliana Maya, nas Rádios Nacional de Brasília, Nacional do Rio de Janeiro e Nacional da Amazônia.
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