Exame indiscriminado para diagnóstico de câncer de próstata divide opiniões

A Rede das Rádios EBC aborda a campanha que chama a atenção para o câncer de próstata. Novembro Azul é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades neste mês, dirigida à sociedade e, em especial, aos homens.

Para falar sobre o assunto, o programa Tarde Nacional, da Rádio Nacional de Brasília, formou uma rede com as Rádios Nacional do Rio de Janeiro e Nacional da Amazônia e ouviu o médico oncologista Marcos Santos, chefe do Serviço de Rádio-Oncologia do Hospital Universitário de Brasília.

O médico analisa que as sociedades de urologia brasileira, europeia e norte-americana seguem recomendando que os homens, com mais de 40 anos, mesmo sem sintomas, façam o exame de sangue, chamado PSA, e consultem o urologista para o toque retal. No entanto, essas mesmas sociedades médicas opinam que fazer os exames em homens assintomáticos não resultou no aumento da taxa de cura que se esperava, quando se começou a fazer esses exames em anos atrás.

Os médicos, então, acabam fazendo diagnósticos precoces em alguns casos, mas acabam, infelizmente, achando tumores indolentes que não trariam nenhum problema para o paciente, mas gerando ansiedade, angústia e necessidade de se submeter a um tratamento que, se ele não soubesse que tem a doença, isto provavelmente não traria problema para ele. Portanto, fazer o exame indiscriminadamente em todos os homens provavelmente não se reverte em uma melhor taxa de cura.

Por isto, o segredo, alerta o médico, é ter uma conversa mais próxima com o médico e saber se este exame está indicado ou não. O médico Marcos Santos diz que o que mais cura o câncer é a informação.

Acompanhe a entrevista sobre a campanha Novembro Azul e o câncer de próstata nesta rede das Rádios Nacional de Brasília, Nacional do Rio de Janeiro e Nacional da Amazônia, com as âncoras Fátima Santos, Luciana Vale e Juliana Maya.