As festas juninas foram apropriadas pela Igreja Católica, quando ocorreu o processo de cristianização das populações da Europa, ao longo da Idade Média. A professora do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense, Georgina Santos, convidada do Tarde Nacional, disse que os festejos tinham orientação pagã e celebravam as colheitas de junho.
A docente explica que, no hemisfério norte, o período de solstício do verão (23 e 24 de junho), é o dia mais longo do ano. E como as estações são muito marcadas na Europa, a tradição do agricultor local para esta comemoração é muito forte. Então a chegada da primavera e da época da colheita era muito marcada por festas. Por isto se acendiam fogueiras para celebrar e iluminar essa noite mais longa, em que as pessoas se mantinham acordadas por mais tempo.
Foi então que, na tentativa de disciplinar esses festejos, a Igreja Católica associou as comemorações aos santos e ao calendário religioso. Ainda segundo a professora, "o solstício que marca esse período de maior longevidade foi entregue ao santo menino João, assim como o solstício de inverno na Europa foi entregue ao menino Jesus".
Acompanhe na íntegra a história do surgimento das festas juninas nesta entrevista, clicando no player acima.
