A proximidade do Natal e do final do ano marcam épocas de forte impacto e expectativas na vida de grande parte das pessoas. Momentos que mexem naturalmente com o estado emocional. Soma-se a isso uma pandemia que, somente no Brasil, já levou a óbito mais de 176 mil pessoas (até a publicação dessa entrevista). As incertezas com o futuro e a proximidade do fim do ano aumentam a ansiedade, a instabilidade emocional e, consequentemente, os casos de depressão. Dentro da realidade em que a humanidade se encontra temos o isolamento social, o novo normal e o futuro incerto como os principais fatores do aumento de casos ligados ao sofrimento psíquico.
Em entrevista a Glaucia Araujo, nesta segunda-feira (07), José Nazar, médico e psiquiatra, falou sobre o assunto, levando luz ao tema e auxiliando nossos ouvintes.
"Nós vamos ter que buscar o bom senso, buscar pensar com uma certa calma, porque é uma situação de risco, uma situação de perigo", alerta ele durante a conversa.
Só em 2020, o Google mostra um aumento de 98% na busca sobre o tema, comparado à média dos últimos 20 anos. E de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país latino-americano com maior taxa de depressão, afetando cerca de 12 milhões de pessoas. Os dados apenas confirmam a importância de refletir sobre o assunto, ainda mais agora.
Durante a entrevista, ele também chamou a atenção para a característica calorosa do povo brasileiro, que vai sentir muita falta e enfrentar dificuldades para se manter isolado. Com a pandemia, quebrou-se uma rotina normalizada, trazendo a instabilidade emocional, aumentando a quantidade de remédios, ou mesmo de álcool e cigarro consumido pela população. "Nós vamos ter que aprender a conviver com essas mudanças, com muito cuidado", alerta José Nazar.
Clique no player para ouvir a entrevista na íntegra: