O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou o Atlas dos Manguezais do Brasil. A publicação digital reúne informações sobre esse ecossistema e as especificidades em cada região da costa brasileira. A iniciativa faz parte do Projeto Manguezais do Brasil (GEF/Mangue), implementado pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento – Brasil (PNUD), com o apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).
De acordo com o ICMBio, o Brasil é o segundo país em extensão de mangues no mundo, com aproximadamente 14.000 km2 distribuídos poir toda a área litorânea do país. O diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação do ICMBio, Cláudio Maretti, fala sobre o Atlas e reforça sobre a importância da conservação desse ecossistema.
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Cláudio destacou a importância do manguezal como ecossistema. "O manguezal é fundamental para manter estabilidade dos estoques pesqueiros daqueles crustáceos e moluscos que nós coletamos na beira da praia. E também para garantir a vida das populações costeiras", enfatiza. "Dentro dos manguezais habitam temporariamente várias espécies que se encontram ameaçadas."
O guaiamum, um carangueijo importante para várias comunidades, é uma das espécies em perigo de extinção. "Ele está ameaçado principalmente pela devastação do seu habitat natural", explica Cláudio. Dentre os caminhos que podem contribuir para preservação dos manguezais, Cláudio cita a criação de unidades de conservação de diferentes categorias e a melhoria das possibilidades de comercialização dos produtos do mangue para comunidades que subsistem desse ecossistema.
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