Dia 1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data faz com que o último mês do ano seja conhecido como Dezembro Vermelho, em referência à luta de pessoas que vivem com Aids ao redor do mundo. De acordo com o relatório Conhecimento é Poder, publicado pelo escritório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), há 37 milhões de pessoas com HIV no mundo, o maior número registrado na história. No Brasil, cerca de 866 mil pessoas viviam com o HIV no ano passado, segundo estimativa do Ministério da Saúde.
O médico infectologista, Alexandre Naime Barbosa, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) comenta sobre a importância das campanhas de prevenção e combate a Aids e sobre os desafios no enfrentamento da doença. Ouça a entrevista feita pelos apresentadores Fátima Santos, Anchieta Filho e Dáurea Gramático no programa Tarde Nacional.
Para o médico, as campanhas ainda são muito importantes para que as pessoas conheçam as formas de diagnóstico e prevenção.
"Infelizmente, ainda, nós temos um número muito grande de novas infecções, principalmente nos jovens de 13 a 19 e de 20 a 24 anos e um número de mortos que, apesar de uma redução de 16% nos últimos dez anos, é ainda alto, acima dos 10 mil casos", declarou.
O infectologista afirmou que o jovem tem uma percepção de risco diferente de uma pessoa mais velha e acaba se prevenindo menos. Além disso, o estigma da doença mudou.
Ele declarou que a resposta brasileira à doença sempre foi um modelo mundial.
Alexandre acrescentou que não falta informação, mas ainda é preciso uma mudança de hábito, com uso de camisinhas nas relações sexuais.
Saiba mais
Campanha contra aids tem foco na ampliação de testes para diagnóstico
OMS: 37 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo
O Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 13h, na Rádio Nacional de Brasília e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.