Saiba como melhorar o ensino de crianças com perda auditiva

Com a necessidade do isolamento social as escolas optaram por aulas à distância. O problema é que muitos alunos não conseguiram se adaptar a nova modalidade, principalmente as crianças com perda auditiva. A maioria dos equipamentos utilizados pelos professores distorce o som e os estudantes não compreendem o conteúdo da aula.

Segundo a Dra. Érica Bacchetti, fonoaudióloga, especialista em audiologia, uma das formas de solucionar o problema é escolher um ambiente com bom isolamento acústico para evitar o principal vilão das aulas: o eco.

“Primeira coisa que atrapalha é reverberação, o eco. O que dá eco na sala? Muita janela, muito vidro, porcelanato. Tentar colocar o máximo de materiais isolantes, como tecidos, madeira, tapete, porque evita que esse som fique refletindo e fique ainda mais distorcido” explicou.

Além de analisar o ambiente acústico, é preciso tomar cuidado com o volume dos dispositivos. Aumentar o som não é a única alternativa eficiente e pode piorar a deficiência auditiva.

“Quando a gente aumenta o volume o som fica estridente, fica distorcido, não mantém a mesma qualidade sonora. Não é só aumentar o volume, é a qualidade do som e outros fatores para que ela compreenda melhor” ressaltou.

Outra forma de ajudar as crianças é conectar o aparelho auditivo em dispositivos auxiliares de som para serem utilizados como um fone de ouvido, que são conectados aos computadores. A tecnologia é disponibilizada pelo SUS.

O Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta no horário, de 13h às 15h, pela Rádio Nacional de Brasília