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Juiz explica caminhos de conciliação em casos de divórcio

Mesmo com a separação, minimizar os conflitos é necessário para não afetar a saúde dos filhos

No AR em 12/08/2020 - 19:14

Com o isolamento social e a rotina estressante de home-office, muitos casais estão optando pelo divórcio. Ao contrário da crença popular, o processo pode ser realizado de forma amigável mas nem todos conseguem minimizar os conflitos.

A boa notícia é que o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) realiza oficinas gratuitas pela internet para ajudar os cônjuges a encarar a nova etapa durante a pandemia. O juiz Clayton Rosa de Resende, do Cejusc de Belo Horizonte, explicou que as oficinas funcionam como aulas para cada membro da família.

“Antes da pandemia, nós tínhamos as oficinas presenciais que foram suspensas por um tempo. Mas sentindo a necessidade de dar esse suporte, nós começamos a realizar as oficinas virtuais. Temos oficinas para homens, mulheres, crianças e adolescentes de forma separada. A abordagem feita pra cada um desses grupos é diferente e preparado diretamente para eles”, explica.

Apesar de on-line, as aulas contam com a participação de outros casais para troca e reflexão de experiências. Nas oficinas os casais também aprendem como lidar de forma mais responsável com o divórcio, de maneira que não afete a saúde mental dos envolvidos. 

“Nossas oficinas ajudam nas sessões de conciliação, para as partes acharem uma saída mais rápida e menos dolorosa para solução dos processos", conta o juiz. Segundo ele, a ideia é que os casais possam trocar experiências, ouvir as experiências dos demais e usar isso como proposta educativa. "É um momento de reflexão que mostramos os prejuízos que ocorrem se o divórcio for resolvido de maneira conflituosa”, ressalta.

Outro objetivo das oficinas é ajudar os casais a enfrentar o divórcio sem causar danos para os filhos. Os conflitos em excesso podem prejudicar as crianças e os adolescentes, então é comum que os filhos se culpem pela briga dos pais ou adquiram o medo do abandono. Mas com as oficinas virtuais, os filhos podem entender o processo de maneira mais saudável.

Clayton afirma que nas oficinas para as crianças o trabalho é de uma maneira mais lúdica. "Já com os adolescentes ajudamos a refletirem como podem encarar o momento de separação dos pais, conversamos que o processo é um problema dos pais, que os pais vão continuar sendo pais deles, mesmo separados. Tudo isso para que os adolescentes entendam que a culpa não é deles, mas é uma briga dos pais que precisa ser resolvida", esclarece.

Para participar das oficinas basta acessar o site do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) e acompanhar o calendário dos encontros virtuais.


 

Criado em 12/08/2020 - 19:17