Belo Horizonte começa a aplicar Método Wolbachia contra arboviroses

A cidade de Belo Horizonte deu início na manhã desta segunda-feira (5) a uma estratégia para combater doenças como a dengue, chikungunya e febre amarela urbana. O município realizou a implantação do Método Wolbachia, com a liberação de mosquitos Aedes aegypti em três áreas de abrangência.

O Tarde Nacional conversou com o líder do Método Wolbachia no país e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais, Luciano Moreira.

Conheça o Método Wolbachia no player abaixo:

A Fiocruz conduz o método no Brasil - que é uma iniciativa do World Mosquito Program (WMP) - com apoio do Ministério da Saúde. A bactéria Wolbachia inserida nos mosquitos ajuda no controle das doenças, sem afetar seres humanos e meio ambiente. 

Luciano explicou na entrevista o nome da ação, que tem como objetivo combater doenças como dengue, zika e chikungunya. Ele também falou sobre as arboviroses.

"Arboviroses são as doenças transmitidas pelos mosquitos que ocorrem nas regiões tropicais e subtropicais do planeta. E com muitos casos. Várias epidemias ocorrendo em vários países. Mesmo com algumas vacinas já sendo testadas, ainda não há um controle efetivo dessas doenças. Por isso, o Método Wolbachia é mais uma forma de controle que deve ser utilizado em conjunção com as outras existentes", esclareceu.

E como tem sido a aceitação pela população? De acordo com o pesquisador da Fiocruz, há um trabalho extenso de engajamento comunitário onde a população se sente parte do projeto e aceita muito bem o Método.

"O gargalo hoje está em chegar em toda a dimensão que é o continente brasileiro. São muitas áreas, muitas cidades que ainda tem o problema", afirma o especialista.

O Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, no horário de 15h às 17h, pela Rádio Nacional de Brasília.