Mais de 10 milhões de brasileiros tem incontinência urinária. De acordo com uma pesquisa do IBOPE, cerca de 58% das internautas brasileiras afirmam que já sofreram escape de urina. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o número é superior ao de diabéticos no Brasil.
Sobre esse assunto, o Tarde Nacional conversou com o chefe do Departamento de Disfunções Miccionais da SBU, Cristiano Gomes, que relatou que esses homens e mulheres são mais sujeitos a terem sintomas de ansiedade e depressão, a terem produtividade no trabalho menor, se afastarem de atividades sociais e até mesmo da intimidade com o parceiro. Mais comum nos idosos, ela acomete também os jovens. Segundo o médico, 45% das mulheres acima de 40 anos no país tem algum grau de incontinência.
"A incontinência chamada de esforço, que é quando você tosse, espirra, dá uma risada, muda de posição ou faz um exercício na academia, é muito mais frequente na mulher do que no homem", esclarece Cristiano, apontando como fator de risco a mulher ter tido muitos partos ou ter passado por cirurgias ginecológicas — além do diabetes e da obesidade, que também ampliam o risco. Para os homens, complementa, a possibilidade de desenvolver a disfunção aumenta nos casos em que ocorre a cirurgia da próstata.
Na entrevista, o médico menciona ainda as contrações involuntárias e indesejadas da bexiga cujos fatores de risco são principalmente o envelhecimento e as doenças neurológicas. Segundo ele, mais ou menos um quarto das pessoas no Brasil tem sintomas dessa bexiga hiperativa, na faixa etária dos 40 anos.
Acompanhe a entrevista completa, no player acima.
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