Saiba mais sobre o "ghosting", quando a pessoa some do relacionamento

Você sabe o que é ghosting? Prática é muito comum em relacionamentos virtuais quando uma pessoa termina um relacionamento simplesmente sumindo ou parando de responder. É como "levar um fora" sem que haja um término. E fala muito sobre a brevidade dos relacionamentos modernos.

O Tarde Nacional desta quarta-feira (10) foi tentar entender quais as consequência que o ghosting pode deixar para quem sofre e para quem pratica o ato. Quem explica melhor esse assunto, que não é novo, é o psicólogo, especialista em psicoterapia breve e hipnoterapia ericksoniana, Leonardo Morelli. 

Segundo o especialista, a prática começou a ser mais difundida com as redes sociais. E ao "bloquearem o usuário", as pessoas descobriram que é muito mais fácil por um ponto final da mesma forma que começou, aquele relacionamento, do que ter um relacionamento sério e ter que conversar com as pessoas. Para você que já passou por isso, a palavra Ghosting vem de fantasmas. Portanto, garante o psicólogo, é a mesma coisa de a pessoa se transformar num fantasma. Ou seja, desaparecer do nada. E isso, independente, de a pessoa já ter um contato físico real ou não. 

Na entrevista, Leonardo explica que principalmente em tempos de pandemia as pessoas tiveram novas formas de se comportar, de se comunicar e, é claro, de conhecer outras pessoas. E ao mesmo tempo que facilitou o contato com outras pessoas, de outras cidades e países, também ficou mais fácil dizer não. Mesmo assim, às vezes, as pessoas não querem falar esse não. "Olha, eu não gosto mais de você. Eu não quero mais ter um relacionamento com você. Elas simplesmente somem como um fantasma. O que tornou as relações mais frias, o que demonstra também uma dificuldade da pessoa de se relacionar e, principalmente de afeto, além de uma falta de educação com os sentimentos do outro. Por isso, muito cuidado com as expectativas!", pontua o entrevistado. 

E entre familiares isso também acontece? O especialista conta que com a maior proximidade aumentaram também as brigas e pessoas saindo dos grupos. E não é à tôa que muitos sequer entram. Preferem ficar assim, desconectados. 

Confira a entrevista completa, no player acima. 

O Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, de 15h às 17h, pela Rádio Nacional de Brasília.