19 de abril é comemorado o Dia do Índio. Sobre esse assunto, o Tarde Nacional conversou com o cacique Zé Bajaga, da etnia Apurinã. Morador da aldeia Idecorá, terra indígena Caititu, no município de Lábrea, no Amazonas. O cacique nasceu na Boca do Igarapé Caipiru, afluente do Rio Ituxi. Desde os anos 80, Zé Bajaga milita na causa indígena, tendo convivido com o "tuxaua" Agostinho Mulato, um dos grandes responsáveis pela demarcação da TI Caititu.
No final do ano de 2007, Zé Bajaga assumiu a liderança do Movimento Indígena do Purus, com a missão de fazer a articulação dos povos indígenas da região, com o objetivo de pensar em uma Fundação Nacional do Índio (Funai) e em um movimento indígena mais forte. Na entrevista, ele menciona o que ainda falta melhorar para esses povos e as conquistas obtidas nos últimos anos.
"Graças ao nosso deus na língua Apurinã já tivemos muitas conquistas. Como a educação diferenciada para os povos indígenas de todo o Brasil. Tivemos a conquista da saúde específica para os povos aldeados e também da demarcação da nossa terra. Temos a faixa aí de 13%, 14% de territórios demarcados e ainda falta, mais ou menos umas, umas 600 terras. E conquista também de que o índio não podia sair de suas aldeias, não tinha direito a voz nem a voto. Então, foram bastantes conquistas ao longo da nossa caminhada", observa o cacique.
Zé Bajaga foi membro fundador da Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus (Focimp), criada em 23 de maio de 2010, como organização sucessora da OPIMP, que existiu entre 1997 a 2007. E depois, à convite da presidência da Funai, assumiu a Coordenação Técnica Local do órgão federal em Lábrea, onde esteve de 2016 a 2020.
Confira a entrevista completa, no player acima.
O Tarde Nacional vai a ar de segunda a sexta, no horário de 13h às 15h, pela Rádio Nacional de Brasília.