Nesta terça-feira (29), estreia um documentário sobre a quadrilha junina mais antiga do estado de Pernambuco. Com a ausência da possibilidade de realização do típico festejo junino há duas temporadas, por consequência da pandemia do Covid-19, outros meios têm sido tomados a fim de representar as festividades. Assim, o documentário é mais uma das importantes representações da cultura pernambucana. Pode-se assistir de forma gratuita on-line.
Para falar sobre a produção, Domingos Júnior, diretor do filme, conversou com o Tarde Nacional. Em parceria com a Caldo de cana filmes, ele dirigiu o documentário "Com chita e paetê se faz história", que narra a história da quadrilha junina Rosalinda Linda Rosa, que acontece desde 1976.
Segundo Domingos, o documentário retrata sobre a quadrilha de sua própria cidade natal, Paudalo, e os 45 anos desta, a partir da visão da matriarca, Elvira Gusmão. O artista conta que a ideia surgiu a partir da necessidade de registrar sua história, que atravessa com a história da quadrilha, pois a integrava em sua adolescência.
O filme tem duração de 37 minutos, e conta com a presença de pessoas da comunidade Alto Bela Vista, a matriarca e sua família. Perpassando pelas relações da quadrilha e da comunidade, e da mistura da história da matriarca com a quadrilha.
“No documentário, as próprias pessoas da família e os próprios filhos, dizem que a quadrilha é como se fosse uma irmã. Então foi criado esse laço, a quadrilha e a comunidade.”, explica o diretor.
Domingos conta que o documentário também trata a respeito do distanciamento dos jovens das quadrilhas e da cultura popular e comenta sobre as formas de reaproximá-los à brincadeira, a fim do compartilhamento do cultivo da cultura.
“Isso é muito triste, porque como alguém do interior, foi na quadrilha que eu aprendi o que é teatro, o que é dança, performance, figurino e maquiagem, então a quadrilha me proporcionou a pensar e correr atrás da profissionalização como artista.”, conta o artista.
Confira entrevista completa no player acima.