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Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia atenta para a afasia

Fonoaudióloga esclarece sobre os sinais do distúrbio

No AR em 17/06/2021 - 16:30

O mês de junho é dedicado a atenção à afasia, distúrbio neurológico que afeta diretamente a comunicação do paciente. Por isso, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia está promovendo campanha para a promoção de informação e esclarecimento sobre o assunto. Neste ano a campanha intitula-se: “Entre a informação e a afasia, seja essa ponte”.

Para falar sobre o assunto, nesta quinta-feira (17), o Tarde Nacional conversou com Maria Isabel D’Ávila Freitas, Fonoaudióloga e coordenadora do Comitê de Linguagem Oral e Escrita do Adulto e do Idoso da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – SBFa. Segundo ela, a afasia é o termo que se dá a uma sequela de uma lesão neurológica. Essas lesões podem suceder de um acidente vascular cerebral, tumor cerebral, infecção no cérebro ou demências.

A sequela causa o comprometimento na fala ou na compreensão da linguagem, podendo repercutir-se na linguagem escrita. De acordo com a médica, o distúrbio tem tratamento em todos os níveis, e é acompanhado pelo profissional fonoaudiólogo, pois estes tratam os distúrbios da comunicação em geral.

 

“É importante dizer que não conseguir se comunicar impacta grandemente a qualidade de vida dos pacientes. A comunicação é vital para o ser humano, quando ela está abalada ou afetada, os pacientes sofrem demais.”, afirma a profissional.

 

Em conversa, a coordenadora fala dos estudos sobre a afasia, as formas de tratamentos e dos recursos adaptativos para a comunicação do paciente.

 

“Alguns estudos internacionais mostram que de 15% a 40% dos pacientes que tem AVC apresentam afasia. E tem um estudo pioneiro aqui no Brasil que mostrou que 22%, talvez seja essa prevalência de pacientes que tenha AVC, têm afasia.”, conta a médica.

 

A médica conta que para a reabilitação do paciente, o tratamento se baseia em um mecanismo cerebral chamado Plasticidade Neuronal. Esta é a capacidade que o cérebro tem de se reorganizar, e de criar conexões novas para suprir o dano neurológico que afetou o paciente. Sendo assim, é ativada através da terapia fonoaudiológica. O grau de recuperação depende diretamente de alguns aspectos, como a idade do paciente, o tamanho da lesão, o local, e a intensidade do tratamento, sendo o tratamento precoce mais eficaz.

Ainda em entrevista, a fonoaudióloga conta sobre alguns estudos internacionais que mostram que ter afasia afeta mais a qualidade de vida do que pacientes que tenham câncer ou doença de Alzheimer, justificando a importância de ampliar o esclarecimento a respeito desses sintomas.  

“Quando a gente não conhece o que a gente tem, a gente nem sabe que pode ter tratamento. É preciso que as pessoas reconheçam.”

Confira entrevista completa no player acima. 

Criado em 18/06/2021 - 06:40