Pesquisa do Observatório da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre segurança de dados mostra população atenta e mais preocupada em proteger suas informações. Em sua 7ª edição, pesquisa que é feita a cada trimestre, voltou-se para a questão das fraudes e estelionatos. Os chamados crimes cibernéticos que aumentaram durante a pandemia no Brasil e no mundo. Você já ouviu falar no phishing, por exemplo? Segundo o relatório, a pescaria digital chamada de phishing cresceu 100% em relação ao ano passado. Enquanto os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram crescimento ainda maior, de 340%.
Para esmiuçar mais estes dados, o Tarde Nacional desta sexta-feira (2) conversou com Antonio Lavareda, sociólogo, cientista político e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Segundo ele, 91% dos entrevistados disseram que os crimes cresceram na pandemia e 83% declararam acompanhar com bastante interesse as notícias a esse respeito. Outras 43% das pessoas entrevistadas, do total de 3 mil entrevistados em todo o país, disseram que receberam mensagens com solicitação fraudulenta dos dados bancários e dados pessoais.
Na entrevista, Lavareda aponta que a população quer uma legislação mais dura. E para isso, foi editado recentemente uma nova lei, a 14.155 de 2021 que aumentou muito as penas com relação a esses crimes cibernéticos. Ainda na pesquisa, ela menciona que 72% dos entrevistados disse que com essas novas leis pode-se diminuir a incidência desse tipo de crime.
A pesquisa não indagou como anda o aparelho estatal para investigar esses crimes mas registra uma grande demanda da população por isso. "Uma das formas que o poder público deve agir para reduzir essa criminalidade é fazer campanhas preventivas esclarecendo como as pessoas devem proceder para se proteger", finaliza o cientista político.
Ouça a entrevista completa no player acima. Saiba mais sobre a pesquisa aqui.
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