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Sentimento de solidão caiu cerca de 10% no início da pandemia, mostra pesquisa

Ouça a entrevista com a professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Juliana Torres, autora deste estudo

No AR em 22/07/2021 - 16:36

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela que houve uma redução da sensação de solidão entre adultos com mais de 50 anos durante os primeiros meses da pandemia da covid-19 em relação ao período anterior à entrada da doença no país. Com o isolamento social, esperava-se que esse grupo tivesse uma percepção maior da solidão, especialmente porque ficaram afastados de atividades sociais, trabalhos voluntários, exercícios físicos e outras ações que proporcionavam a interação com outras pessoas.

No entanto, o que se percebeu foi uma redução da solidão. “A gente acredita que o principal motivo para essa diminuição talvez seja o maior número de pessoas dentro de casa", explica a autora da pesquisa e professora da Faculdade de Medicina da UFMG, Juliana Torres, em entrevista ao Tarde Nacional. Segundo ela, os dados foram coletados no início da pandemia, entre maio e junho do ano passado, período em que as pessoas estavam em maior isolamento social e privadas do contato social e de suas atividades rotineiras fora do domicílio. Desta forma, acabaram convivendo mais com a família, dentro de casa, o que pode ter contribuído para reduzir a sensação de solidão.

“A prevalência de solidão diminuiu no período da pandemia. Ela foi de 32,8% no período pré-pandêmico para 23,9% no período da pandemia”, número ainda considerado alto pela pesquisadora. Ela destaca que os profissionais de saúde devem ficar atentos às pessoas que sentem um nível mais elevado de solidão. “Se essa situação se prolongar, pode passar de um sentimento subjetivo de solidão para uma doença, que é a depressão."

 

Criado em 22/07/2021 - 18:10